Adolescência e as Drogas
O que são drogas:
Substanciam naturais ou sintetizadas que ao serem ingeridas produzem alterações no SNC, modificando o estado emocional e comportamental
Por serem psicoativas produz prazer, o que pode levar a dependência.
Classificação das Drogas:
- Naturais; Maconha, Papoula.
- Semi-Sintética; são produzidas em laboratórios (Crack, Cocaína, Cristais de Haxixe.)
- Sintética; São substancias ou misturas químicas, Cocaína, Anabolizantes, Ecstasy, e medicações como analgésicos, alucinógenos, anestésicos e barbitúricos (Álcool, Benzina, Éter, Lóló).
Tipos de Drogas:
- Nicotina
- Heroína
- Cocaína
- Sedativos
- Estimulantes
- Maconha
- Alucinógenos
- Analgésicos
- Álcool
- Tranqüilizantes
- Inalantes
DROGAS ALUCINÓGENAS
Alteram a percepção, provocando distúrbios no funcionamento do cérebro, fazendo com que ele passe a trabalhar de forma desordenada, numa espécie de delírio.
DROGAS DEPRESSORAS
Diminuem a atividade mental. Afetam o cérebro, fazendo com que funcione de forma mais lenta. Essas drogas diminuem a atenção, a concentração, a tensão emocional e a capacidade intelectual.
MEDICAÇÕES
Ansiolíticos e Hipnóticos; Ópio.
DROGAS ESTIMULANTES
Aumentam a atividade mental. Afetam o cérebro, fazendo com que funcione de forma mais acelerada. Ex. nicotina, cafeína, anfetamina, cocaína, crack.
Não faça da sua vida uma Droga...
...Olha o que ela faz com você:
Pare e pense.
- Não seja curioso, curiosidade mata.
- Tenha atitude, saiba dizer não.
- A droga só enriqueceu que a vende, empobrece quem a usa e aniquila quem se vicia.
- Em vez de você encher sua cabeça com porcaria “Droga” pratique esportes
- Viva em paz deixe as drogas para traz.
- Não fique louco pelas drogas, e sim louco pela vida.
- Não quero fumar, não quero bebe, quero ser livre para viver.
- Eu quero ser livre, eu quero ser demais, nunca usar drogas isso é o que vale mais.
"Depoimento de um viciado"
"Amigo, aí, eu falei esta palavra me desculpa, foi erro, não pega nada, eu nunca tive amigo nessa vida! Só prejuízo , de ponta a ponta! Mas quem vai se importar? Eu sou apenas mais um aidético viciado, infelizmente comum, mais um entre mil ou um milhão, ladrão, escravo desta triste detenção! Eu não sou Rafael e nem a Vera Fischer, a minha história, parceiro, é mais triste: eu nunca engoli escova de cabelo, mas já matei pelo crack e por dinheiro. Puta que pariu! O inferno me chama, quem sabe lá eu consiga a fama ou drama, ou a lama de fogo eterno condenado à escuridão do inferno... eu sou um louco de intensa coragem com o ferro a favor do crack.
Não sei se a malandragem é minissérie ou história, mas sei que a carreira, parceiro, é
sem glória! Vou tentar não matar mais ninguém... chega de ser refém, eu preciso é do bem!
Vou entregar a Deus a minha vida, vou acreditar nas palavras da Bíblia. Arrependido de todos os
pecados, ter conseguido escapar do diabo.
Espero que a minha história sirva de exemplo pra quem ta começando, parceiro, como eu comecei.. que se afaste das drogas enquanto há tempo, pra não provar do veneno que eu provei! É embaçado sangue bom, vai por mim... tudo nesta vida tem um fim!"
“A contenção física do paciente no hospital”
INTRODUÇÃO
Objetivo
Intervir de imediato nas situações de crise em que a
pessoa põe em risco sua integridade física ou de
qualquer outra pessoa ao seu redor.
Conhecimentos essenciais da enfermagem para lidar com situações de emergências psiquiátricas
Enfermagem psiquiátrica.
Conhecimentos Clínicos.
Conhecimentos Farmacológicos
Técnica de Comunicação Terapêutica.
Técnica de contenção de paciente.
Funções específicas da Enfermagem no cuidado com pacientes internados em situações de emergências psiquiátricas
Lidar com problemas decorrentes de manifestações de comportamento;
Explorar pensamentos e sentimentos perturbadores e geradores de conflito.
Reforçar as áreas saudáveis do paciente.
Manter o ambiente terapêutico.
Aplicar conhecimento sobre comunicação terapêutica.
A abordagem terapêutica promove:
Intervenção mais segura.
Ajuda a pessoa assistida a aliviar seus sofrimentos.
Minimiza a gravidade do quadro o mais rápido.
Ajuda a colocar limites no comportamento do paciente.
Medidas gerais usadas na abordagem com o paciente
1) Fazer rápida avaliação do comportamento do paciente observando:
Condições físicas e mentais (ou associadas)
Potencial para violência/ agitação psicomotora
Nível de ansiedade.
Condições de absorver orientações.
Risco para si mesmo ou para os outros.
2) Oferecer apoio procurando:
Ouvir o paciente;
Ajudá-lo a perceber o que está acontecendo.
Orientar sobre o local em que está e por quê.
3) Pedir ajuda:
Utilizar esquema de sinalização
Lembrar que cada um tem delimitado o seu espaço pessoal.
Discutir com a equipe condutas de contenção física do paciente.
4) Usar a Comunicação Terapêutica:
Tentar compreender o que o paciente expressa.
Manter em foco a idéia principal.
Observar a comunicação não-verbal
Usar frases curtas, claras e diretas.
Manter tom de voz adequado.
Algumas considerações sobre técnica de contenção física
Manual de Normas e Rotinas
Número necessário de pessoas para conter um paciente = 5
Cama de preferência baixa em quarto individual.
Jogos de faixas de contenção seguras.
Procedimentos para a realização da contenção humana
1) Paciente em crise de agitação psicomotora / agressividade, mas se mostra abordável à comunicação:
Objetivo:
Restringir o espaço físico do paciente.
Possibilitar intervenções especificas como medicar e realizar atendimento individual.
Técnica:
Deve-se avaliar primeiro a situação que se tem pela frente.
Avaliar o estado psíquico do paciente.
Decidir pelo número de profissionais para intervenção
Circundar o paciente sempre conversando com o mesmo
Com o objetivo de reduzir o seu espaço.
Usar a comunicação terapêutica.
Como Intervir?
Tentar acalmar o paciente com abordagem firme e segura.
Falar claramente sobre comportamentos não aceitos no local
Tentar não expressar ansiedade, irritabilidade ou medo do
paciente.
Não enfrentar o paciente e não se colocar em situações de ser agredido
Sempre manter condutas únicas.
Caso a intervenção não seja satisfatória, usar a técnica de contenção física.
Passos essenciais para a contenção física do paciente
Identificar a necessidade da contenção do paciente, abordando-o para obter sua colaboração;
Reunir as cincos pessoas da equipe que fará a contenção.
Colocar-se em posições estratégicas: em semi-circulo, um
em cada lado, usando entonação de voz adequada.
Os profissionais devem manter os membros superiores livres.
Não se deve ficar de frente às pernas do paciente.
A pessoa que abordá-lo tentará acalmá-lo
Em momento oportuno, a pessoa dá sinal aos demais para segurar o paciente;
Os demais se encarregam de segurar, o tórax, braços e pernas do paciente, respectivamente;
A equipe leva o paciente contido para o quarto, procurando sempre orientar o motivo da contenção
Observar a técnica de contenção contendo, sempre que necessário primeiro o tórax e após restringir os pulsos e tornozelos do paciente fixando na cama;
Conter o paciente sempre com roupa;
Jamais conter as axilas do paciente;
Observar sinais de garroteamento de partes do corpo;
Conter outras partes do corpo, caso o paciente esteja extremamente agitado;
Após o paciente ser contido, a enfermagem Deve:
Continuar a orientar o mesmo sobre a necessidade da contenção
Manter um elemento da equipe de enfermagem junto ao paciente todo o período que ficar contido
Avaliar periodicamente o paciente, de preferência a cada meia hora
Manter a porta do quarta semi-aberta;
Observar se o tórax e os membros superiores e inferiores foram contidos adequadamente para evitar acidentes;
Realizar anotação/evolução do estado do paciente a cada meia hora;
Liberar o paciente das contenções quando houver remissão do quadro;
Solicitar avaliação do médico plantonista, quantas vezes for necessário;
Sempre após uma contenção, a equipe deve discutir a intervenção em supervisão
Observações importantes
1) Em hipótese alguma deve-se manter a contenção física como castigo ao paciente, ou por comodidade de quem presta a assistência
2) Teoricamente um paciente não deve ser contido fisicamente no leito por mais de 2 horas
3) A observação e a comunicação terapêutica (verbal e não verbal) são as armas principais do profissional de enfermagem
4) Para esse tipo de intervenção, o profissional de enfermagem deve ter conhecimento de técnicas de abordagem para uma ação eficaz.
5) O paciente em tratamento em estabelecimento psiquiátrico só deve ser submetido à contenção física por prescrição médica, devendo ser diretamente acompanhado, por um auxiliar de enfermagem durante o tempo que estiver contido
(Artigo 11 da Resolução CFM nº 1.598 de 09 de agosto de 2000)
Emergências Psiquiátricas
- Emergência psiquiátrica é uma situação de alteração no pensamento (delírio) ou alteração nas ações (atos agressivos) que requer atendimento rápido, pois está associada a casos de risco de vida, como no suicídio ou em pacientes violentos, ou ainda situação de alteração nas condições mentais decorrente do uso de drogas ou decorrente de doenças físicas (por exemplo no caso de hemorragia cerebral), que quando revertidas em curto espaço de tempo, diminui a chance de seqüelas.
- As salas de emergência psiquiátrica são usadas igualmente por homens e mulheres, pessoas solteiras ou casadas; cerca de 20% dos pacientes são suicidas e 10% são violentos. Os diagnósticos mais comuns envolvem depressão e mania, esquizofrenia e dependência de álcool. Cerca de 40% dos pacientes atendidos em emergências psiquiátricas necessitam de internação.
As principais situações de emergência psiquiátrica são:
Comportamento Violento
Uma pessoa que se apresenta agressiva ou com comportamento violento é uma emergência pois há necessidade de se conter tal atitude ameaçadora a outros ou ao patrimônio e descobrir a causa básica desse transtorno e então tratá-la.
Ansiedade aguda
- São pacientes que apresentam sintomas intensos de angústia e que junto com isso podem apresentar sintomas corporais como começar a suar, sentir o coração bater mais rápido, sentir falta de ar e ter a sensação que vai morrer.
Delirium
- pessoa apresenta-se mais sonolenta, tem dificuldade em prestar atenção no que se passa ao seu redor e tem alucinações (ver coisas que não existem). Os sintomas desenvolvem-se rapidamente, porém a pessoa alterna períodos de melhora e piora. Decorre de problemas clínicos desencadeados por Psicoses Agudas.
Psicoses agudas
É quando a pessoa fica fora da realidade, desorientada, muitas vezes não sabe quem é ou onde está, vê e ouve coisas que ninguém mais vê ou ouve (alucinações), acredita que alguém a persegue ou quer prejudicá-la ou acredita em alguma outra coisa que não corresponda à realidade. Com tais impressões, o paciente tende a ficar agitado e agressivo, o que leva à necessidade de se buscar um serviço de emergência.
Causas de emergência psiquiátrica
Muitas são as causas que podem levar a pessoa a apresentar um dos quadros acima descritos e entre elas podemos citar:
Abuso de álcool e abuso de drogas Abstinência (síndrome da falta) de álcool e de drogas Doenças psiquiátricas como mania e esquizofrenia Transtornos neurológicos (problemas em certas áreas do cérebro) Efeitos colaterais de alguma medicação Problemas clínicos (doenças físicas) tais como infecções, falta de oxigenação do sangue, tumores, derrame, problemas nos rins e no fígado, deficiência de vitaminas, traumatismos (lesões decorrentes de acidentes em geral),convulsões ou efeitos cerebrais pós-cirurgias.
O que fazer frente a uma situação de emergência.
Ao se deparar com uma pessoa apresentando uma das situações acima, é importante pedir ajuda pois são quadros que não podem ser resolvidos sozinhos, principalmente quando há comportamento violento. Em casos de pessoas que já tenham tratamento psiquiátrico anterior, pode-se acionar uma ambulância para levar essa pessoa a um hospital onde há serviço de emergência psiquiátrica. Quando não há causa aparente para as alterações apresentadas pela pessoa, ou são alterações devido ao uso de álcool ou drogas, essas pessoas podem ser levadas a uma emergência de hospital geral.
Quando não é possível conseguir uma ambulância, a polícia pode ajudar fazendo o transporte desse paciente até o hospital. O mais importante disso tudo, é que após o atendimento na emergência, seja feito um diagnóstico da causa que gerou o quadro e essa possa ser adequadamente tratada, não só no episódio, mas sim, seguir fazendo o tratamento, seja ele com medicações e/ou acompanhamento ambulatorial (consultas psiquiátricas regulares para avaliar como está o paciente).