Aula do dia 26-07-2011
Para ocorrer a transfusão de sangue,deve haver compatibilidade entre as hemacias do doador e o plasma do receptor, isto é, o receptor não temaglutinina contra os aglutinogenios do sangue que esta recebendo.
Tipo 0 - Doador Universal,não possui agutinogenio.
Tipo AB - Receptor universal, não possui aglutininas no plasma.
Sistema Rh
Quatro décadas após a descoberta do sistema de grupo sanguineo ABO, outro fato que revolucionou a prática da medicina transfusional foi a identificação, também em humanos, do fator Rh, observado no sangue de macacos Rhesus.
85% das pessoas possuem o fator Rh nas hemácias, sendo por isso chamados de Rh+ (Rh positivo). Os 15% restantes que não o possuem são chamados de Rh - (Rh negativo).
Um individuo de Rh negativo só deve receber transfusão de sangue Rh negativo. Caso receba Rh positivo haverá sua sensibilização e a formação de anticorpos anti Rh.
Eritroblastose Fetal - destruição de sangue de feto Rh +, gestado por mãe Rh - ( apartir da segunda gestação).
Cacula-se que a incidência de doença hemolitica por incompatibilidade Rh seja de 6 a 7 por 1000 nascidos ou um Rh afetado em cada 15 gestações de risco.
A gravidade da doença da doença no Rn afetado pode variar enormemente:
Aproximadamente, 14% são natimortos.
Dos nativivos, 45 - 50% não necessitam de terapia;
25-30% desenvolvem uma forma moderada da doença que se não tratada, evolui com ectericia grave, os restantes apresentam uma forma grave, com indice de neonatimortalidade da ordem de 3,5%.
Exasanguineotransfusão
é o mecanismo de troca de sangue no qual se removem parcialmente os eritrócitos hemolisados, os anticorpos ligados ou não as hemacias e a bilirrubina.
É indicado nos casos a neonatos com menos de 48 horas de vida e com bilirrubina indireta maior de 20mg/dl e que não se conseguiu controlar a bilirrubina por meio de fototerapia, para os casos de Rn com doença hemolitica.
Na exasanguinea transfusão usa-se sangue fresco total e a quantidade utilizada é o dobro do volume sanguineo do Rn ( 80ml/kg).A troca deve ser lenta, para evitar embolização ou mesmo sobrecarga cardiaca.
É indicado iniciando processo com a retirada de 10 á 20 ml,deixando o Rn sem deficit durante a execução, conclui transfundindo-se igual ao volume.
O volume a ser trocado de cada vez é de 5 a 10 ml;lentamente, permitindo-se um tempo total de 90 á 120 min para toda a operação;